quarta-feira, 23 de março de 2011

"UMA EXPLOSÃO DE CULTURA:A MARUJADA DE BRAGANÇA,NO PARÁ!"-DÁ-LHE YOUTUBE E GOOGLE CULTURA!

>> Marujada de Bragança


A origem
A Marujada,  em Bragança,  teve inicio em 1798 quando os senhores brancos atendendo ao pedido de seus escravos, permitiram a organização de uma Irmandade e a primeira festa em louvor a São Benedito. Em sinal de reconhecimento, os negros foram dançar de casa em casa para agradecer a seus benfeitores.
A Marujada é constituída na maioria por mulheres, cabendo lhes a direção e a organização. Não há número limitado de marujas, nem papéis a desempenhar. Nem uma só palavra é articulada, falada ou cantada como auto ou como argumentação. Não há dramatização de qualquer feito marítimo. A Marujada é caracterizada pela dança, cujo ritmo principal é o retumbão. A organização e a disciplina são exercidas por uma "capitoa" e uma "sub-capitoa". É a "capitoa" quem escolhe a sua substituta, nomeando a "sub-capitoa", que somente assumirá o bastão de direção por morte ou renúncia daquela.
A maruja traja saia vermelha, bem rodada, blusa de cambraia branca bordada e, sobre esta, uma faixa larga de fita vermelha de gorgorão, com uma grande rosa do mesmo material. A parte mais vistosa é o chapéu. Este, é de palha, forrado de tecido branco, com uma espécie de armação de arame onde ficam as flores feitas de penas de pato, brancas. Essas flores cobrem inteiramente o chapéu, com abas que pendem fitas largas, de cores diversas, bem compridas. A “Capitoa”, sempre a mais velha do grupo, carrega na mão um bastão dourado, o símbolo da sua autoridade. Homens e mulheres dançam sempre descalços. Os homens, músicos e acompanhantes, são dirigidos por um capitão. Eles se apresentam de calça e camisa brancas ou de cor, chapéu de folha de carnaúba revestido de pano, sendo a aba virada de um dos lados. Os instrumentos musicais são: tambor grande e pequeno, cuíca, pandeiros, rabeca, viola, cavaquinho e violino.
As apresentações são, preferentemente, no período de 25 de dezembro ao dia 6 de janeiro, do ano novo. No dia 25 as mulheres dançam com saias azuis e os homens com camisas da mesma cor. Já no dia 26, quando São Benedito é festejado, as mulheres usam as saias vermelhas, e os homens, a roupa branca. Além de Bragança a manifestação se ramificou em outros municípios vizinhos como Quatipuru, Augusto Correa, Primavera e Tracuateua.
A Marujada de outros lugares
A Marujada do Nordeste e outras partes do país, é uma dança dramática, de inspiração náutica, de origem ibérica, com diversas denominações diferentes, de região para região. Denominada de Nau Catarineta, Barca, Fandango ou Chegança de Marujos. São danças realizadas através de um autodramatizado da tragédia da nau Catarineta, com o domínio do canto sobre a dança. Barca é a dança realizada em João Pessoa/PB, onde os personagens vestem-se marinheiros, o enredo narra as tormentas em alto mar e trabalhos a bordo, como também o episódio da "libertação da Saloia", iniciadas com troca de sinais entre a "Nau Catarineta" e a "Fortaleza do Diu". Consta o auto de cantos, recitativos, diálogos e da "morte e ressurreição do Gajeiro". Os personagens são masculinos, excluindo a Saloia, que é interpretada por uma menina moça.
O fandango tem vários sentidos no Brasil. Em alguns estados do nordeste, fandango é o bailado dos marujos ou marujada, ou ainda, chegança dos marujos ou barca. Em São Paulo e nos estados do Sul, fandango é a festa, baile com danças regionais. Acredita-se que os portugueses tenham introduzido o fandango no Brasil, sobretudo pelos nomes que as variações dessa dança recebem no sul do Brasil: marrafa, manjericão, tirana, ciranda, cana verde e outras. 
Fonte: Marujada de Bragança(PA): (Des)construções e Construções - Luíndia Azevedo, L.E. Profª Dept. de Comunicação Universidade do Amazonas e Doutoranda do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos- N.A.E.A./U.F.P.A.
Design: Cristina Silveira


Marujada

A Marujada surgiu em Bragança no final do século XVIII, quando 14 escravos negros receberam o consentimento de seus senhores para a organização da Irmandade de São Benedito, o Santo Preto, como é chamado por seus devotos. Os negros foram dançar pelas ruas da cidade em agradecimento pela conquista.
Por mais de dois séculos, de 18 a 26 de dezembro, o povo bragantino festeja ao ritmo do retumbão, xote, roda, valsa e mazurca. Os instrumentos musicais usados pelo tradicional grupo regional são tambores, cuíca, pandeiros, rabeca, viola, cavaquinho e violino.
As organizadoras do evento são a Capitoa e a Sub-capitoa, nomeada pela primeira. A Sub-capitoa assume o bastão de direção em caso de morte ou renúncia da Capitoa.
As marujas usam blusa branca pregueada e rendada e chapéu ornado com fitas coloridas. A saia, comprida e rodada, é vermelha ou branca com ramagens coloridas. As marujas mais antigas usam um número maior de fitas.
Os homens são dirigidos por um Capitão.
As marujas caminham ou dançam em filas. À frente de uma delas, a Capitoa, e à outra, a Sub-capitoa. A dança acontece em passos curtos e volteios rápidos, que descrevem graciosos movimentos que encantam o público.
Durante as festividades, Bragança recebe cerca de 80 mil visitantes

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