segunda-feira, 10 de novembro de 2014

QUAIS SÃO OS NOMES CIENTÍFICOS DAS ÁRVORES DO MANGUE?


Manguezal

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Manguezal
Manguezal, mangue, mangrove ou mangal1 é um ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes terrestre e marinho, uma zona úmida característica de regiões tropicais e subtropicais. Associado às margens de baías, enseadas, barras, desembocaduras de rios, lagunas e reentrâncias costeiras, onde haja encontro de águas de rios com a do mar, ou diretamente expostos à linha da costa, está sujeito ao regime das marés, sendo dominado por espécies vegetais típicas, às quais se associam outros componentes vegetais e animais.
Ao contrário do que acontece nas praias arenosas e nas dunas, a cobertura vegetal do manguezal instala-se em substratos de vasa de formação recente, de pequena declividade, sob a ação diária das marés de água salgada ou, pelo menos, salobra.
O termo "mangue" também se aplica às espécies arbóreas características desse habitat.

Características

O solo


Em verde, distribuição dos manguezais no planeta
O solo do manguezal caracteriza-se por ser úmido, salgado, lodoso, pobre em oxigênio e muito rico em nutrientes. Por possuir grande quantidade de matéria orgânica em decomposição, por vezes apresenta odor característico, mais acentuado se houver poluição. Essa matéria orgânica serve de alimento à base de uma extensa cadeia alimentar, como por exemplo, crustáceos e algumas espécies de peixes. O solo do manguezal serve como habitat para diversas espécies, como caranguejos.

Vegetação


Solo de manguezal repleto de buracos de Uca sp.
Em virtude do solo salino e da deficiência de oxigênio, nos manguezais predominam os vegetais halófilos, em formações de vegetação litorânea ou em formações lodosas. As suas longas raízes permitem a sustentação das árvores no solo lodoso.
Os manguezais são encontrados ao longo de todo o litoral brasileiro, onde as principais espécies de árvores típicas deste bioma são:
A espécie Laguncularia racemosa merece destaque por ser a única espécie típica de mangue encontrada no Arquipélago de Fernando de Noronha, num único manguezal localizado na Baía do Sueste.

Bruguiera Gymnorrhiza, planta típica do mangue.
No Indo-Pacífico, as árvores típicas do mangal são a Rhyzofora mucronata (mangal vermelho), a Avicenia marina (mangal branco), a Brughiera gymnorhyza e o Ceriops tagal.

A fauna

A biodiversidade dos manguezais se traduz em significativa fonte de alimentos para as populações humanas. Nesses ecossistemas se alimentam e reproduzem mamíferos, aves, peixes, moluscos e crustáceos, entendidos os recursos pesqueiros como indispensáveis à subsistência tradicional das populações das zonas costeiras. Entre essas espécies, destacam-se:

Aves


Platalea ajaja, uma ave típica do manguezal, na Reserva Nacional de Vida Selvagem da Ilha Merritt, na Flórida, nos Estados Unidos

Mamíferos

Répteis

Peixes

Invertebrados

Importância


Espécie de mangue em Queensland, na Austrália
Os manguezais desempenham um importante papel como exportador de matéria orgânica para os estuários, contribuindo para a produtividade primária na zona costeira. Por essa razão, constituem-se em ecossistemas complexos e dos mais férteis e diversificados do planeta. A sua biodiversidade faz com que essas áreas se constituam em grandes "berçários" naturais, tanto para as espécies típicas desses ambientes, como para animais, aves, peixes, moluscos e crustáceos, que aqui encontram as condições ideais para reprodução, eclosão, criadouro e abrigo, quer tenham valor ecológico ou econômico.
Com relação à pesca, os manguezais produzem mais de 95% do alimento que o homem captura no mar. Por essa razão, a sua manutenção é vital para a subsistência das comunidades pesqueiras que vivem em seu entorno.
Com relação à dinâmica dos solos, a vegetação dos manguezais serve para fixar os solos, impedindo a erosão e, ao mesmo tempo, estabilizando a linha de costa.
As raízes do mangue funcionam como filtros na retenção dos sedimentos. Constituem ainda importante banco genético para a recuperação de áreas degradadas, por exemplo, como aquelas por metais pesados.
A destruição dos manguezais gera grandes prejuízos, inclusive para economia, direta ou indiretamente, uma vez que são perdidas importantes frações ecológicas desempenhadas por esses ecossistemas. Entre os problemas mais observados destacam-se o desmatamento e o aterro de manguezais para dar lugar a portos, estradas, agricultura, carcinicultura estuarina, invasões urbanas e industriais, derramamento de petróleo, lançamento de esgotos, lixo, poluentes industriais, agrotóxicos, assim como a pesca predatória, onde é muito comum a captura do caranguejo-ucá durante a época de reprodução, ou seja, nas "andadas", quando torna-se presa fácil. É preciso conhecer e respeitar os ciclos naturais dos manguezais para que o uso sustentado de seus recursos seja possível.

Utilização sustentável dos manguezais

Muitas atividades podem ser desenvolvidas no manguezal sem lhe causar prejuízos ou danos, entre elas:

Manguezais no Brasil


A Rhizophora racemosa é uma das espécies características do manguezal. Aqui, próximo a Vigia, no Pará, norte do Brasil, na maré baixa.

Localização

Localizam-se no encontro de rios e mares.
Estima-se que, em todo o planeta, existam cerca de 172 000 km² de manguezais. Desse total, cerca de 15%, ou seja, cerca de 26.000 km², distribuem-se pelo litoral do Brasil, desde o estado do Amapá até Laguna, em Santa Catarina.
Em Pernambuco existem cerca de 270 quilômetros quadrados de manguezais; na Paraíba, cerca de 160 quilômetros quadrados; o Maranhão detém 85% dos manguezais da região norte-nordeste, o que equivale a 500 mil hectares. A ilha de Fernando de Noronha é a possuidora da menor extensão de manguezal no país.

Exemplos de utilização sustentável

Mangais em Moçambique

Os mangais ocorrem ao longo de toda a costa de Moçambique, com exceção das zonas de dunas costeiras, mas são mais abundantes na região norte, tropical, cobrindo uma área estimada em cerca de 400 mil hectares.2
As árvores de mangal aqui existentes (e em todo o Indo-Pacífico) são a Rhyzofora mucronata (mangal vermelho), a Avicenia marina (mangal-branco), a Brughiera gymnorhyza e o Ceriops tagal.

Avicennia marina em Moçambique

Notas

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 079.
  2. Centro de Desenvolvimento Sustentável das Zonas Costeiras (Moçambique) - Ecossistemas costeiros

"PARADISE'S"


20/08/2014 06h00 - Atualizado em 20/08/2014 06h00

Aruba, Bora Bora, Ilhabela... conheça 6 ilhas românticas pelo mundo

Jantar na areia com tochas, massagem dupla e bangalôs são atrações.
Nas Seychelles, parque com palmeiras é conhecido como Jardim do Éden.

Do G1, em São Paulo
Casal mergulha nas ilhas Maldivas' (Foto: Chad Ehlers / TIPS / Photononstop/ AFP)Casal mergulha nas ilhas Maldivas' (Foto: Chad Ehlers / TIPS / Photononstop/ AFP)
Bangalôs que adentram na água cristalina do mar, massagem dupla na praia, jantar na areia branquinha à luz de tochas, passeios de barco para ver o pôr do sol... Algumas ilhas paradisíacas conseguem unir as belezas naturais a uma infraestrutura que encanta casais em lua de mel. Conheça seis desses lugares românticos pelo mundo.
Seychelles
Praia nas ilhas Seychelles (Foto: Maisant Ludovic / hemis.fr /AFP)Praia nas ilhas Seychelles (Foto: Maisant Ludovic / hemis.fr /AFP)
O local escolhido pelo príncipe William e pela princesa Kate para passar a lua de mel é um arquipélago de 115 ilhas no Oceano Índico, perto de Madagascar.
Numa de suas ilhas, Praslin, fica um local que, segundo a lenda, é o lugar original do Jardim do Éden bíblico -- o paraíso de Adão e Eva. É o Vallée de Mai, um parque nacional com uma floresta de palmeiras gigantes naturais preservada quase em estado original, onde cresce o raro coco-do-mar.
Além de Praslin, Mahe e La-Digue são as principais ilhas e as que têm mais infraestrutura para receber turistas. As opções de hospedagem vão de pousadas charmosas a grandes hotéis cinco estrelas.
Aruba
Oranjestad, a capital de Aruba, é cheia de edifícios coloridos (Foto: Hughes Hervé / hemis.fr / AFP)Oranjestad, a capital de Aruba, é cheia de edifícios coloridos (Foto: Hughes Hervé / hemis.fr / AFP)

Aruba combina as praias de areia cor de marfim e mar turquesa típicas do Caribe com uma capital com charmosas casas coloridas, Oranjestad. Em alguns trechos, a visibilidade da água chega a 30 metros de profundidade.
A temperatura média é de 28°C, e a ilha ainda está localizada fora da rota de furacões do Caribe, o que permite ir sem medo em qualquer época do ano.
Entre as opções românticas para o casal estão jantar na areia decorada com tochas, massagem na praia para dois e passeios de helicóptero.
Bora Bora
Bangalôs de hotel em Bora Bora (Foto: Tahiti Tourism/Divulgação)Bangalôs de hotel em Bora Bora (Foto: Tahiti Tourism/Divulgação)
Com praias de mar calmo, a ilha mais romântica da Polinésia Francesa é destino tradicional para a lua de mel de casais há mais de 40 anos.
Situada a uma hora de voo da ilha do Taiti, no Oceano Pacífico, Bora Bora tem hotéis e resorts luxuosos, com os famosos bangalôs que adentram pela água. Lá também fica o Monte Otemanu, um vulcão que parece um castelo e é considerado um dos mais bonitos do mundo.
As opções de passeios incluem cruzeiros em catamarãs para apreciar o pôr do sol, piqueniques dentro da água e excursões até ilhotas cheias de palmeiras.
Ilhabela
Praia de Castelhanos em Ilhabela (Foto: Divulgação / Fundação Florestal)Praia de Castelhanos em Ilhabela (Foto: Divulgação / Fundação Florestal)
Point da vela e do mergulho, a sofisticada ilha no litoral de São Paulo oferece também muitos atrativos para casais.
O charmoso centro histórico está cheio de bares e restaurantes, e de norte a sul da ilha é possível se hospedar em hotéis luxuosos ou pousadas charmosas. As praias têm perfis variados: há as mais badaladas, como a do Curral, e as mais calmas, como a de Jabaquara.
Os casais aventureiros também podem fazer trilhas e conhecer cachoeiras -- mais de 80% do território da ilha é ocupado por mata atlântica preservada.
Santorini, Grécia
Santorini, na Grécia (Foto: Yannis Kolesidis/The New York Times)Santorini, na Grécia (Foto: Yannis Kolesidis/The New York Times)
Com suas construções branquíssimas que contrastam com o azul do Mar Egeu, Santorini é considerada por muitos a ilha mais romântica da Grécia.
A ilha fica sobre um vulcão no meio do mar. Justamente pela origem vulcânica, a areia das praias costuma ser grossa, cheia de pedregulhos, de coloração preta ou vermelha. Para muitos turistas, elas não são, portanto, o ponto forte de Santorini.
Mais sucesso fazem os passeios pelos vilarejos -- há os mais calmos e os mais cosmopolitas, caso da pitoresca capital, Fira. Visitar alguma das várias vinícolas da região também é uma atração romântica, assim como ver o famoso pôr do sol na vila de Oía.
Maldivas
Ilhas Maldivas (Foto: Divulgação/VisitMaldives)Uma das ilhas Maldivas vista do alto (Foto: Divulgação/VisitMaldives)
Nesse caso não se trata de uma ilha, mas de mais de mil. Com 90% de seu território composto por água, as Maldivas são formadas por 1.190 ilhas, espalhadas por 90 mil km², entre duas fileiras de atóis no Oceano Índico.
O transporte entre as ilhas é feito por lancha, hidroaviões ou barcos locais. Uma das mais românticas é Cocoa Island, uma ilha particular situada entre atóis de corais, com acomodações luxuosas que adentram na água e são inspiradas nos barcos tradicionais da região.
As praias de areia branca, água morna de tom azul profundo e cheias de palmeiras formam um cenário paradisíaco que atrai turistas do mundo todo, muitos deles casais em lua de mel.


"UM PEQUENO PASSO PARA O HOMEM E UM GRANDE SALTO PARA A HUMANIDADE!!!"


Neil Armstrong

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Neil Armstrong

Astronauta da NASA
Nacionalidade Estados Unidos norte-americano
Nascimento 5 de agosto de 1930
Wapakoneta, Estados Unidos
Morte 25 de agosto de 2012 (82 anos)
Cincinnati, Estados Unidos
Ocupação
anterior
Piloto Naval
Piloto de testes
Patente militar Tenente
US Navy O2 insignia.svg
Missões Gemini VIII, Apollo 11
Insígnia
da missão
Ge08Patch orig.png Apollo11logo.jpg
Aposentadoria 1970
Assinatura do Neil Armstrong
Neil Alden Armstrong (Wapakoneta, 5 de agosto de 1930Cincinnati, 25 de agosto de 2012) foi um astronauta dos Estados Unidos, piloto de testes e aviador naval que escreveu seu nome na história do século XX e da Humanidade ao ser o primeiro homem a pisar na Lua, como comandante da missão Apollo 11, em 20 de julho de 1969.1
Antes de se tornar astronauta, Armstrong serviu na Marinha dos Estados Unidos combatendo na Guerra da Coreia como piloto de caça. Após a guerra, ele graduou-se como piloto de testes e serviu na Estação de Voo do Comitê Consultivo Nacional para a Aeronáutica (NACA) de alta velocidade, onde acumulou mais de 900 voos em uma variedade de aeronaves.
Entrou para a NASA em 1962, integrando o segundo grupo de astronautas da agência espacial, indo ao espaço pela primeira vez em 1965, como comandante da missão Gemini VIII, três anos antes do voo que o colocaria na História.2 Condecorado com a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior condecoração civil do país, e a Medalha de Honra Espacial do Congresso, manteve uma vida discreta e longe dos olhos da opinião pública até sua morte, aos 82 anos. Dele, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama disse ser " um dos maiores heróis americanos, não apenas de sua época, mas de todos os tempos". 3

Índice

Biografia

Nascido na cidade de Wapakoneta, no estado norte-americano de Ohio, antes de se tornar astronauta entrou na Universidade de Purdue onde estudou engenharia aeroespacial e também foi admitido no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em Cambridge. Em 1949 formou-se aviador da Marinha e combateu na Guerra da Coreia1 4 . Serviu até 1952 como piloto de caça, com 78 missões cumpridas e recebeu a Medalha do Ar por 20 missões de combate, uma Estrela de Ouro pelas 20 subsequentes e a Medalha de Serviço coreano5 . Após a guerra, ele retornou aos Estados Unidos e se tornou piloto de testes de empresas fabricantes de aviões, testando mais de 900 tipos de aeronaves diferentes durante a década de 1950, incluindo o famoso X-15, o primeiro avião do mundo a voar na estratosfera terrestre.6

Astronauta

Neil Armstrong em 1956.
Armstrong interessou-se pela NASA cinco ou seis meses depois da abertura das inscrições para a formação de um novo grupo de astronautas, em 1962, e foi escolhido para o chamado Grupo dos Nove, denominação decorrente do modo como eram conhecidos os primeiros astronautas norte-americanos selecionados em 1960 para o Projeto Mercury, o Grupo dos Sete, tornando-se o primeiro astronauta norte-americano civil.
Os primeiros dois anos de Armstrong e do novo grupo na NASA foram dedicados a treinamentos e ao acompanhamento da fabricação dos motores, foguetes e espaçonave que se destinariam aos projetos Gemini e Apollo. Em março de 1966, ele realizou seu primeiro voo ao espaço como comandante da Gemini VIII, em companhia do astronauta David Scott, que anos depois comandaria a Apollo 15 e também pousaria na Lua1 . A missão, problemática, era a junção no espaço com um foguete Agena não-tripulado, como teste para as futuras missões Apollo, em que a nave de comando precisaria se conectar e se separar do Módulo Lunar Apollo. Problemas de estabilidade no foguete, que começou a rodar sem controle sobre si mesmo após o engate das duas espaçonaves, causaram o aborto e o encerramento mais rápido da missão1 .
Após esta primeira missão, Armstrong, a mulher dele e um grupo de astronautas e dirigentes da NASA acompanharam o Presidente dos Estados Unidos Lyndon Johnson numa viagem de relações públicas pela América do Sul, visitando 11 países e 14 cidades, com Armstrong impressionando por fazer suas saudações aos povos visitados na língua local. No Brasil, ele chegou a falar sobre sua admiração pelos pioneiros experimentos de Alberto Santos Dumont.7

Apollo 11

Câmera de TV externa do Módulo Lunar Eagle mostra Neil Armstrong pisando na Lua.
Em dezembro de 1968, Donald Slayton, antigo astronauta do Projeto Mercury e então Chefe do Comitê de seleção de astronautas do Projeto Apollo, ofereceu a Armstrong o comando da Apollo 11, a missão que desceria primeiro na Lua. Esta escolha surgiu de uma reunião semanas antes, entre os principais diretores do programa Apollo, que decidiram que Armstrong seria o primeiro na Lua por causa de seu perfil: era parecido com o grande herói americano Charles Lindbergh, um homem de características discretas e essencialmente técnicas, sem grandes egos. Entre seus colegas, era conhecido pelo comportamento equilibrado, muito "sangue frio", característica que fazia dele um astronauta perfeito.
Toda a saga de Armstrong, Aldrin, Michael Collins e do voo pioneiro está contada na história da missão Apollo 11. Sua frase épica, "Este é um pequeno passo para [um] homem, um salto gigantesco para a humanidade" ao pisar pela primeira vez na superfície lunar, é uma das mais conhecidas na História, mas só veio à cabeça de Neil poucos momentos antes de descer da nave, já pousado na Lua.

Problemas para escutar este arquivo? Veja a ajuda.
Além dos importantes experimentos científicos que ali fizeram, ele e o piloto do Módulo Lunar, "Buzz" Aldrin, fincaram na Base da Tranquilidade uma bandeira metálica dos Estados Unidos e colocaram uma placa junto a uma das patas de apoio do Módulo Lunar Eagle, assinada pelos astronautas e pelo presidente americano Richard Nixon: "Aqui os homens do planeta Terra puseram pela primeira vez os pés na Lua, em 20 de julho de 1969. Viemos em paz em nome de toda a Humanidade".8

Recepção

Após a volta da Lua e um período de 21 dias de quarentena na Terra, Armstrong e a tripulação da Apollo 11 fizeram uma turnê mundial por dezenas de países, sendo recebidos em triunfo9 , das trincheiras dos soldados americanos no Vietnã à União Soviética, onde foi recebido pelo primeiro-ministro Alexei Kossygin, conheceu a primeira mulher a ir ao espaço, Valentina Tereshkova, e foi o primeiro ocidental a visitar o Centro de Treinamento de Cosmonautas Yuri Gagarin, no Cosmódromo de Baikonur, Cidade das Estrelas, até então um dos locais mais secretos da antiga União Soviética.

Investigações de acidentes na NASA

Armstrong serviu em duas investigações de acidentes em voos espaciais. A primeira foi em 1970, depois da Apollo 13, onde, como parte do painel de Edgar Cortwright, ele produziu uma cronologia detalhada do voo. Armstrong pessoalmente foi contra a recomendação do relatório de reprojetar os tanques de oxigênio do módulo de serviço, a fonte da explosão.10 Em 1986, o presidente Ronald Reagan nomeou-o à Rogers Commission que investigou o desastre do ônibus espacial Challenger que ocorreu no mesmo ano. Como vice-presidente, Armstrong era responsável pela parte operacional da comissão.11

Saída da NASA

Depois de anunciar que não mais iria ao espaço após a saga da Apollo 11, Neil Armstrong retirou-se da NASA em fins de 1970 e tornou-se professor de engenharia aeroespacial na Universidade de Cincinnati, onde permaneceria até 1979.12 Rejeitou ofertas milionárias de grandes empresas para trabalhar como relações públicas ou em cargos de diretoria, assim como a oferta de todos os partidos políticos que desejavam tê-lo como candidato a qualquer coisa (ao contrário dos ex-astronautas John Glenn e Harrison Schmitt que entraram na política e se elegeram senadores)9 .

Homenagens

Armstrong recebe a Medalha de Honra Espacial do Congresso das mãos do presidente Jimmy Carter. Janeiro, 1978.
O último ato de Neil Armstrong na Lua foi depositar na superfície um pequeno memorial com os nomes e as fotografias de Yuri Gagarin, Vladimir Komarov, Virgil Grisson, Ed White e Roger Chaffee, os americanos e soviéticos mortos durante o começo das viagens ao espaço, antes da chegada à Lua. De todos, apenas Gagarin não morreu numa nave espacial, mas num acidente de avião, seis anos após seu histórico voo em abril de 1961.
Em outubro de 1978 recebeu do Presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, a Medalha de Honra Espacial do Congresso, criada em 1969 para premiar astronautas responsáveis por feitos excepcionais para a nação e a Humanidade, a maior honraria civil outorgada a um astronauta pelo governo norte-americano. Ele foi o primeiro a recebê-la.13
Em 1972 foi recebido com emoção e alegria na cidadezinha de Langholm, na Escócia, berço do primeiro clã Armstrong e agraciado com o título de primeiro homem livre do burgo local. O magistrado-chefe da cidade rasgou então uma lei de 400 anos de idade, que condenava à forca qualquer Armstrong encontrado na cidade, motivo pelo qual os Armstrong emigraram para os Estados Unidos ainda na época das caravelas.14
Existe uma pequena cratera na Lua, cerca de 50 km do local de onde alunissou a Apollo 11, e um asteroide, o 6469 Armstrong, batizados em sua homenagem.12
Armstrong, quando jovem, foi escoteiro,6 e em homenagem ao escotismo levou para a Lua e trouxe de volta o distintivo símbolo do Escotismo Mundial. Este distintivo histórico está em exposição permanente no escritório central da Organização Mundial do Movimento Escoteiro em Genebra, Suíça, junto a um certificado assinado pelo próprio Armstrong.

Vida Pessoal

Armstrong durante uma palestra no Centro Espacial Kennedy, em 1999, na comemoração dos 30 anos do primeiro pouso na Lua.
Casado pela segunda vez, Neil Armstrong levava uma vida discreta, aparecendo somente em solenidades do governo americano relativas a tecnologia espacial e em palestras sobre o passado e o futuro da conquista do espaço. Há algum tempo, mostrou desânimo pelo fato da exploração espacial ter saído do interesse das grandes massas, depois da falta de continuidade de voos tripulados pelo homem para fora da órbita terrestre, sendo inclusive relegada a um segundo plano no currículo estudantil dos Estados Unidos: "O decepcionante é que, anos atrás, eu costumava ouvir que éramos citados nas aulas de Ciência. Hoje, eles dizem que aprendem sobre a Apollo 11 nas aulas de História".15
Em 1994 Armstrong processou a maior empresa de cartões de crédito da América por usar sua histórica frase ("este é um pequeno passo…") em cartões e decorações de árvores de natal e nunca mais deu autógrafos desde que descobriu que o site E-bay vendia, por quantias de até 50.000 dólares, objetos em mãos de colecionadores autografados por ele e pela tripulação da Apollo 11 e até falsificações vendidas como verdadeiras.9
Em maio de 2005 envolveu-se num dos mais inéditos casos de processo por direitos autorais que se conhecem, com seu barbeiro de mais de 20 anos, Marx Sizemore. Depois de cortar os cabelos de Neil, o barbeiro vendeu por U$ 3000 as mechas do cabelo cortado a um fanático colecionador, sem o consentimento ou conhecimento de Armstrong e foi obrigado pelo tribunal a devolver o cabelo ou o dinheiro. Sem ter como reaver os restos de cabelo, Sizemore devolveu os três mil dólares que Armstrong doou à caridade.16
Conhecido por ser um recluso e avesso à publicidade, certa vez Armstrong consentiu em estrelar um comercial de televisão para a Chrysler. Sua razão para isso foi por respeitar a história da engenharia da empresa e para ajudá-la a sair das dificuldades financeiras em que se encontrava.17

Morte

Em 7 de agosto, Armstrong foi submetido a uma cirurgia cardíaca de emergência, após terem sido encontrados quatro obstruções em suas artérias coronárias. A partir de então esteve em recuperação num hospital em Cincinnati, cidade onde morava com a sua mulher9 . No dia 25 de agosto de 2012, não resistindo a complicações relacionadas com as recentes intervenções cirúrgicas, acabou falecendo em Cincinnati, no estado de Ohio, aos 82 anos de idade.18 O corpo de Neil Armstrong foi cremado, e suas cinzas lançadas no Oceano Atlântico19 por sua viúva para fora do navio USS Philippine Sea.

Galeria

Referências

  1. Neil Armstrong - Biografia (em português) UOL - Educação. Visitado em 19 de julho de 2012.
  2. Biografia NASA NASA. Visitado em 25/08/2012.
  3. Neil Armstrong, first man on the moon, dies CNN. Visitado em 25/08/2012.
  4. Os Astroanutas Terra. Visitado em 27/04/2011.
  5. Hansen 2005, pp. 68–78.
  6. Who Is Neil Armstrong? NASA. Visitado em 27/04/2011.
  7. Hansen, James, Simon&Schuster, First Man: The Life of Neil A. Armstrong, pg. 299. ISBN 0743281713
  8. Apollo Expeditions to the Moon NASA. Visitado em 27/04/2011.
  9. Morre Neil Armstrong, primeiro homem na Lua (em português) Globo.com G1 (25 de agosto de 2012). Visitado em 26 de agosto de 2012.
  10. Hansen, pp. 60–603.
  11. Hansen, pp. 610–616.
  12. First man to set foot on Moon, Neil Armstrong, turns 80 World News Forecast. Visitado em 27/04/2011.
  13. Congressional Space Medal of Honor NASA. Visitado em 26/04/2011.
  14. Full record for 'NEIL ARMSTRONG IN LANGHOLM'. Visitado em 27/04/2011.
  15. Um pequeno passo... Veja. Visitado em 27/04/2011.
  16. Neil Armstrong wants hair back that he left on barbershop floor Collect Space. Visitado em 27/04/2011.
  17. Astronaut Neil Armstrong, first man to walk on moon, dies at age 82 Cosmic Log on NBC News. Visitado em 27/08/2012.
  18. Space legend Neil Armstrong dies CNN. Visitado em 27/08/2012.
  19. Neil Armstrong (em inglês) no Find a Grave.

Bibliografia