27/01/2014
PAPA RECONHECE VIRTUDES DO
“ANJO DA TRANSAMAZÔNICA”
O
Papa Francisco reconheceu hoje as “virtudes heroicas” da Serva de Deus
Serafina (Noemy Cinque), religiosa brasileira da Congregação das Irmãs
Adoradoras do Sangue de Cristo, nascida em Urucurituba (AM), em 31 de
janeiro de 1913 e morta em Manaus (AM), em 21 de outubro de 1988,
conforme comunicado da Santa Sé. É um gigantesco passo em direção à
beatificação dessa amazônida, que viveu muito anos aqui no Pará, em
Altamira, nos tempos heroicos da ocupação da Transamazônica e vez por
outra andou cá pelas ruas de Belém.
Ela
entrou para a vida religiosa aos 33 anos atendendo ao convite das irmãs
norte-americanas da congregação do Preciosíssimo Sangue de Jesus. Em
1948, regressou a Manaus, onde trabalhou para a construção do primeiro
noviciado da congregação na Amazônia e primeiro Convento do
Preciosíssimo Sangue. O processo de beatificação foi aberto na
Arquidiocese de Manaus, cidade onde morreu irmã Serafina, de câncer.
Seus restos mortais foram trasladados para Altamira, onde estão em um
altar na igreja Imaculada Conceição
Foi
viver em Altamira em 1971 e, sendo enfermeira, salvou muitas vidas,
principalmente de mulheres grávidas, fazendo muitas centenas de partos
em abrigos provisórios que foi criando pela cidade, uma vez que o
hospital local não tinha capacidade para a elevada demanda. Conseguiu
recursos no exterior para construir a “Casa da Divina Providência”, na
periferia de Altamira, inaugurada em 1984, para receber gestantes e
bebês. Na falta de médicos, orientava sobre a saúde das parturientes e
das crianças. O povo muito gostava dela, de onde lhe veio o título de
“Anjo da Transamazônica”, pois varava aquelas terras para atender os
filhos de Deus que precisavam de auxílio.
Nos
idos de 2009 (31/08) o jornalista Hélio Gueiros publicou esta nota em
sua muito lida página dominical no Diário do Pará: “A Irmã Serafina
Cinque, nascida Noemy Cinque em Urucurituba no Estado do Amazonas, de
pais italianos que chegaram ao Brasil em 1906, está sendo alvo de um
processo eclesiástico visando a sua canonização em face de sua
miraculosa ação na Amazônia, na área hoje batizada de Transamazônica.
Ela
já é conhecida como o “Anjo da Transamazônica” e a paraense Irmã
Marília Menezes é a responsável no Brasil pela organização do processo.
Já foram ouvidos 52 testemunhos durante 12 anos de pesquisas e
investigação da Irmã Marília.
Adoradora
do Sangue de Cristo, Marília escreveu e desenhou uma história em
quadrinhos da vida da Irmã Serafina que será lançada, em forma de
revista, na próxima quinta-feira, dia 3, na sede da Academia Paraense de
Letras, na João Diogo 235, das 17 às 19 horas. Adquirindo a revista por
20 reais, o comprador estará colaborando com as Obras Sociais das Irmãs
Adoradoras do Sangue de Cristo na Amazônia.” Comprei o livrinho e
tornei-me fã de carteirinha da irmã Serafina.
E olha que Hélio, jornalista de primeira, nem era católico. Era protestante dos bons, gente boa.
Os
trabalhos da irmã Marília Menezes – que Hélio não disse, mas eu
complemento, é filha do grande poeta paraense Bruno de Menezes e irmã do
muito culto e estimado sacerdote, Monsenhor Geraldo Menezes, - são peça
fundamental no reconhecimento hoje obtido junto à mais alta esfera da
igreja católica. Ela é a vice-postuladora do processo que busca a
beatificação. Como ela mesma disse certa feita ao jornal A Voz de
Nazaré, “estamos na fase de aguardar um milagre. Vários casos têm
chegado a mim, porém a comprovação pelos médicos é sempre muito
difícil".
Fonte: http://arituzacompart.no.comunidades.net/irma-serafina-cinque-anjo-da-transamazonica
"arituzacompart"
Outro texto sobre ela:
A amazonense Serafina (Noeme) Cinque, filha de pais italianos, foi
reconhecida pelo Papa Francisco pelas suas virtudes heroicas. Ontem
(27), em reunião com o Prefeito da Congregação das Causas dos Santos,
Cardeal Angelo Amato, foram promulgados diversos decretos, entre eles o
da brasileira, conhecida como ‘Anjo da Transamazônica’.
Noeme Cinque nasceu em 1913, em Urucurituba, Amazonas. Ganhou o nome
de Serafina ao professar os votos na Congregação das Adoradoras do
Sangue de Cristo, aos 35 anos.
Como dedicada professora e enfermeira, colaborou no interior de seu estado, onde não havia médicos para atendimento da população carente. Irmã Serafina fez partos, cuidou de enfermos e ensinou Medicina e alimentação alternativa para combater a fome e as doenças.
Mulher de dedicação inesgotável, em 1971 foi enviada para a cidade de Altamira, no Pará, onde vivenciou o drama da abertura da Estrada da Transamazônica. Nessa realidade, ofereceu-se ao cuidado da população, e, não sendo possível o atendimento no hospital, por causa da superlotação, acolhia em abrigos provisórios os doentes que ficavam pelas ruas.
Depois de inúmeros sofrimentos, o bispo de Altamira, dom Eurico Krautler (tio de dom Erwin Krautler), conseguiu apoio internacional, para junto ao padre Frederico Tschol construir a Casa da Divina Providência e, mais tarde, o Refúgio São Gaspar para abrigar gestantes e doentes.
O local ficou aos cuidados de Irmã Serafina. Para conseguir doações para a subsistência da casa, a religiosa seguia em caminhões, trilhando muitos quilômetros ao longo da Transamazônica. Conta-se que Irmã Serafina recolhia até as sobras de supermercados para alimentar os assistidos pela obra.
A vice-postuladora da causa de beatificação da religiosa, Irmã Marília Menezes, da mesma ordem de Irmã Serafina, cuida da documentação e divulgação do testemunho da religiosa há mais de 15 anos. Andou por diversos lugares na Amazônia onde Irmã Serafina trabalhou, ajudou a coletar cerca de 300 documentos e 52 testemunhos de pessoas que conheceram a religiosa, e escreveu quatro livros apresentando a missão pastoral e uma biografia detalhada, que reforçam as virtudes evangélicas do ‘Anjo da Transamazônia’, além de um livro de história em quadrinhos.
Com esse decreto, a Igreja e os fiéis devotos de Irmã Serafina poderão chamá-la de Venerável, e aguardar um milagre, devidamente comprovado, para que possa ser considerada beata, ficando a um passo da santidade.
Irmã Marília destaca que o reconhecimento das virtudes de Irmã Serafina, como a humildade, paciência, fé e principalmente caridade, não só reforçam o seu testemunho, mas devem servir de exemplo. “A causa de Serafina é uma causa de Deus, ao vermos tanta violência e exemplos que tentam desvalorizar as virtudes”.
Para divulgar a vida de Irmã Serafina, a Congregação já publicou os documentos e a história da religiosa em cinco idiomas e distribuiu nos 25 países onde mantém casas religiosas.
fonte: a12.com
Como dedicada professora e enfermeira, colaborou no interior de seu estado, onde não havia médicos para atendimento da população carente. Irmã Serafina fez partos, cuidou de enfermos e ensinou Medicina e alimentação alternativa para combater a fome e as doenças.
Mulher de dedicação inesgotável, em 1971 foi enviada para a cidade de Altamira, no Pará, onde vivenciou o drama da abertura da Estrada da Transamazônica. Nessa realidade, ofereceu-se ao cuidado da população, e, não sendo possível o atendimento no hospital, por causa da superlotação, acolhia em abrigos provisórios os doentes que ficavam pelas ruas.
Depois de inúmeros sofrimentos, o bispo de Altamira, dom Eurico Krautler (tio de dom Erwin Krautler), conseguiu apoio internacional, para junto ao padre Frederico Tschol construir a Casa da Divina Providência e, mais tarde, o Refúgio São Gaspar para abrigar gestantes e doentes.
O local ficou aos cuidados de Irmã Serafina. Para conseguir doações para a subsistência da casa, a religiosa seguia em caminhões, trilhando muitos quilômetros ao longo da Transamazônica. Conta-se que Irmã Serafina recolhia até as sobras de supermercados para alimentar os assistidos pela obra.
A vice-postuladora da causa de beatificação da religiosa, Irmã Marília Menezes, da mesma ordem de Irmã Serafina, cuida da documentação e divulgação do testemunho da religiosa há mais de 15 anos. Andou por diversos lugares na Amazônia onde Irmã Serafina trabalhou, ajudou a coletar cerca de 300 documentos e 52 testemunhos de pessoas que conheceram a religiosa, e escreveu quatro livros apresentando a missão pastoral e uma biografia detalhada, que reforçam as virtudes evangélicas do ‘Anjo da Transamazônia’, além de um livro de história em quadrinhos.
Com esse decreto, a Igreja e os fiéis devotos de Irmã Serafina poderão chamá-la de Venerável, e aguardar um milagre, devidamente comprovado, para que possa ser considerada beata, ficando a um passo da santidade.
“Ficamos muito felizes com essa notícia, eu e minha congregação
religiosa. Estou nesse trabalho há quinze anos, junto com a Irmã Maria
Paniccia, que mora em Roma. Ao olhar a vida de Irmã Serafina, vemos que
ela foi inteiramente dedicada aos irmãos. Quando abriu a Transamazônica,
aquilo foi uma coisa horrorosa. Naqueles tempos, cheia de trabalhadores
e muitas gestantes que viviam abandonadas pelas ruas, ela logo começou a
recolhê-las em casas pobres e sonhava abrir uma casa para todas elas”,
relata Irmã Marília.
A vice-postuladora recorda que na atualidade, três décadas depois da
abertura da Casa da Divina Providência e do Refúgio São Gaspar, ainda
são muitos os que vivenciam a mesma realidade da época de Irmã
Serafina. ”Já faz quase trinta anos e as ruas continuam com doentes e
gestantes, hoje não é mais a Transamazônica, mas as hidrelétricas”.Irmã Marília destaca que o reconhecimento das virtudes de Irmã Serafina, como a humildade, paciência, fé e principalmente caridade, não só reforçam o seu testemunho, mas devem servir de exemplo. “A causa de Serafina é uma causa de Deus, ao vermos tanta violência e exemplos que tentam desvalorizar as virtudes”.
Para divulgar a vida de Irmã Serafina, a Congregação já publicou os documentos e a história da religiosa em cinco idiomas e distribuiu nos 25 países onde mantém casas religiosas.
fonte: a12.com
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