terça-feira, 30 de junho de 2015

COMO ERA ANTIGAMENTE? VEJA:


Invenções: como fazíamos sem...

Conforto e praticidade eram palavras quase enigmáticas para alguém que tenha nascido no começo do século 19. Saiba o que nossas bisavós faziam para se virar sem geladeira, talheres, móveis ou privadas

Bárbara Soalheiro | 01/06/2004 00h00
Se há um cômodo imprescindível em uma casa, esse é o banheiro, certo? Não se você tiver nascido há mais ou menos 200 anos. Até a metade do século 19, nem os palácios mais luxuosos tinham privadas ou banheiras. E não era só isso que faltava. Objetos tão indispensáveis para nós, como geladeira, máquina de lavar ou camas, só se difundiram a partir do século 20. Sem esses aparatos, a rotina há até bem pouco tempo era difícil, regrada e malcheirosa.
... Banho
O costume de banhos é a prova de que não são exatamente os tempos que determinam as tradições, mas o caráter de cada povo. Já no século 19 – enquanto os europeus fugiam da água como se ela fosse praga –, os banhos públicos eram um dos programas favoritos dos japoneses. Na Europa medieval, as casas tinham tinas com água e eram usadas para a limpeza de algumas partes do corpo. A idéia de banhar-se com freqüência era tão absurda que, quando Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, em 1500, ficou espantado ao ver que os índios entravam na água mais de dez vezes por dia. Até o século 19, acreditava-se na Europa que banhos facilitariam a entrada de germes, já a água quente dilatava os poros. Só no fim do século 18 é que os médicos começaram a recomendar que as pessoas se lavassem com maior freqüência. Mesmo assim, as recomendações restringiam-se a algumas partes do corpo, como as mãos e o rosto. As banheiras com escoamento de água chegaram às Américas por meio de Benjamin Franklin em 1790. Mas os banhos demoraram a tornar-se uma rotina. Quando a rainha Victoria chegou ao Palácio de Buckingham, em 1837, não havia banheira no lugar e até 1870 pouquíssimas casas dispunham do aparato.


Como fazíamos sem... Geladeira?



Estocar carnes e frutas era uma tarefa árdua até o século 19. Na Europa, para aumentar a validade desses alimentos, os homens salgavam as carnes, secavam as frutas e deixavam-nos em um quartinho escuro, longe da luz e do calor. Já no Brasil, a abundância de frutas frescas tornava o estoque desnecessário. Quanto às carnes, em vez de guardá-las em locais escuros, os brasileiros deixavam-nas expostas ao sol. O costume deu origem à carne-de-sol, tão comum no Nordeste do país. No século 18, os ricos europeus criaram as primeiras geladeiras: um buraco em alguma parte da casa, cheio de gelo ou neve e palha. Havia até mesmo um profissional, responsável por buscar a neve nas montanhas, os “geladeiros”. Eles recolhiam neve no inverno e estocavam em poços escavados em partes altas das cidades, para vender no verão. “A comida durava de um inverno a outro”, diz Raffaella Sarti, professora de história da Universidade de Urbino, na Itália. Foi só no século 19 que apareceram as primeiras geladeiras. O inventor americano Jacob Perkins patenteou, em 1834, a primeira máquina refrigeradora que usava éter em um ciclo de compressão de vapor (mais tarde, o líquido foi substituído por amônia e hidrogênio). As geladeiras eram restritas aos ricos até a metade do século 20, quando começaram a se popularizar.

O jeito brasileiro:
Quando o escritor brasileiro Mário Souto Maior chegou com um refrigerador a querosene em Bom Jardim, interior de Pernambuco, a cidade parou para ver. “Foi uma loucura. Todo mundo ia lá em casa só para olhar o aparelho”, afirma Carmem Souto Maior, viúva de Mário. Ela não se lembra bem da data, mas foi só a partir da década de 30 que as famílias brasileiras começaram a comprar geladeira importada dos Estados Unidos. A principal mudança na casa foi o tamanho da despensa. “Antes, ela era enorme. Havia várias mantas de carne-de-sol e cestas cheias de ovos. Muita coisa estragava e o estoque tinha de ser maior”, diz Carmem. A outra vantagem do refrigerador foi variar o cardápio. “Finalmente, dava para guardar a carne crua. Antes, o melhor jeito de conservar era assando. E eu não aguentava mais comer carne assada!”

Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/invencoes-como-faziamos-433682.shtml 

Aproveitando o gancho, vale associar que na época da Expansão ultramarina europeia (séculos XV, XVI) a busca pelas chamadas especiarias nas Índias (Oriente) se dava justamente pela necessidade que se tinha de conservar os alimentos. Pois as especiarias nada mais são do que temperos que fazem com que os alimentos não entrem em decomposição tão facilmente, tais como a pimenta, o cravo, a canela, o gengibre, a noz-moscada, entre outros. Tudo por conta da falta da bendita geladeira...  

Sobre o livro:

O livro intitulado COMO FAZÍAMOS SEM... é de autoria de Bárbara Soalheiro. Nele são encontradas muitas curiosidades, como essa acima postada, acerca do cotidiano de povos e sociedades que viviam de maneira simples sem a existência de muitos objetos e acessórios que hoje são considerados indispensáveis para as nossas práticas sociais, além de nos proporcionarem facilidade e conforto no desempenho das mesmas. A obra abrange diverso campos da nossa rotina como a Alimentação (água, geladeira...), Comunicação (telefone, televisão...), Habitação (vaso sanitário, móveis...), Roupas e acessórios (ferro elétrico, óculos, cuecas e calcinhas...), Saúde e higiene (banho, papel higiênico...), Sociedade (relógio, energia elétrica...). Tudo é explicado de maneira simplificada e até mesmo divertida contendo, inclusive, ilustrações, o que torna o livro coerente tanto para crianças quanto para adultos. Cada tema é independente um do outro, o que não obriga o leitor a fazer uma leitura contínua ou sequencial. Sem dúvidas é uma leitura indispensável para quem se amarra em curiosidades históricas! #FicaaDica.

Professor Josimar

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FONTE: http://professor-josimar.blogspot.com.br/2012/01/como-faziamos-sem-geladeira.html
... Móveis
As casas européias comuns, até o século 16, pareciam salões de festas: sem divisões de cômodos e com os pouquíismos móveis que existiam até então. As roupas e os raros objetos pessoais da gente comum eram guardados em cestos. No século 19, esses cestos foram substituídos por baús, que também serviam de assentos. Mesas e cadeiras só tornaram-se comuns durante o século 18. As camas, que existiam desde a época grega, eram um luxo para poucos e, aqui no Brasil, chegavam a fazer parte do dote de moças. Pobres e ricos dormiam no chão, sobre um pouco de palha, mas visitantes tinham que ser recebidos em leitos. No Brasil, sob influência dos costumes indígenas, escravos e empregados dormiam em redes feitas de palha.
... Calefação
A falta de calefação nunca foi um problema brasileiro, mas para os países europeus, obrigados a enfrentar invernos rigorosos, era necessário arrumar maneiras de manter os ambientes e o corpo quentes. Antes do surgimento da eletricidade e do gás, as pessoas usavam lenha, carvão e palha para esquentar as casas. Os mais pobres chegavam a usar esterco, que queimava muito bem, mas obviamente exalava um cheiro detestável. A lareira foi inventada no século 12, na Itália, enquanto em países do norte da Europa as pessoas dormiam perto dos fogões a lenha. Ricos usavam um tipo de cobertor de metal, que era recheado com brasas e colocado entre os lençóis antes que a pessoa fosse dormir. Os mais pobres dormiam, muitas vezes, nos estábulos e nas estâncias com animais, para esquentar-se.
... Sabão e máquina de lavar
Sabão foi um produto caro durante séculos. Para lavar roupas, mulheres utilizavam uma mistura de água com urina, já que essa continha amoníaco que clareava a roupa. No século 13, a indústria de sabão chegou à França, vinda da Itália e da Espanha, com sabões feitos de gordura de cabra e cinza de plantas. Depois de muito tempo, a gordura animal foi substituída por azeite de oliva. Mas, na hora de lavar roupa, sabão não era o único problema em um mundo sem água corrente. Era quase impossível lavar qualquer coisa em casa. O mais comum é que mulheres fossem até os chafarizes, no centro da cidade, ou até os rios (um costume ainda comum no interior do Brasil). No século 19, apareceram as primeiras lavadoras manuais, que lavavam e escorriam a roupa. E foi só no século 20 que apareceram as lavadoras elétricas. Mais precisamente, em 1910, quando o americano Alva Fischer patenteou uma máquina com um motor que fazia girar um tambor onde se colocava água e sabão.
... Privadas
Pode parecer estranho, mas os maiores beneficiados com a invenção de privadas não foram aqueles com vontade de usar o toalete, mas os transeuntes das ruas das capitais. Antes de o utensílio ser inventado, homens e mulheres faziam suas necessidades em baldes e despejavam o conteúdo nas ruas. Em Paris, para alertar os que passavam, gritavam “Água vá!” antes de jogar fezes e urina pela janela. No Rio de Janeiro ou em Salvador, nem isso. Os nobres tinham lacaios ou escravos para segurar os urinóis e as latrinas. Mas muita gente virava-se como podia. Crianças, por exemplo, iam até a porta de casa e faziam xixi na rua, tranqüilamente. Em 1597, John Harington inventou o primeiro WC (water closet ou armário de água) de que se tem notícia: um assento de madeira, uma caixa-d’água e uma válvula de descarga. Ele instalou sua obra prima para a rainha Elizabeth I no palácio de Richmond. O aparelho era caro e a maioria das pessoas tinha de esperar pela fila em banheiros públicos. Na segunda metade do século 19, começaram a funcionar os sistemas de encanamento subterrâneos que permitiam o escoamento dos dejetos. “As galerias subterrâneas são os órgãos da cidade grande e vão trabalhar da mesma maneira que os órgãos humanos, mas sem serem reveladas”, teria dito o prefeito francês Georges-Eugène Haussmann em 1858.
... Fósforos
O palito de madeira com cabeça química não parece uma invenção das mais modernas. Mas é. Até o acendedor de fogão alimentado com álcool, criado em 1823, surgiu antes. Foi em 1827 que o químico John Walker criou os fósforos de fricção. Mas o uso do instrumento só popularizou-se depois da segunda metade do século 19, quando o sueco Johan Edvard Lundstrom patenteou palitos mais seguros. Antes disso, acender o fogão dava um trabalho pré-histórico e, exatamente por isso, era uma tarefa de empregados. Além de um bocado de material extremamente seco (palha, feltro ou outro retalho) e de duas pedras, eram necessários paciência e destreza. O interessado em ver qualquer coisa pegar fogo tinha de esfregar as pontas dos pedaços de pedra bem perto do material que servia de pavio. Depois de muitas tentativas, alguma faísca prendia-se ao material seco. Nessa hora, era preciso aumentar o volume de palha e torcer para que o fogo se espalhasse. Com tanto trabalho, não é de se estranhar que, já no século 20, o inglês Maurice Baring tenha escrito, por meio de seu personagem Jean François, a Balada do Paraíso Imaginário, com o verso Remember this, the worst of human ills: life without matches is a dismal thing (Lembre-se disso, a pior doença humana: a vida sem fósforos é uma coisa fúnebre). Achou que a pior parte de um guisado era descascar as cebolas?
... Cuecas e calcinhas
Até o século 19, a maioria das mulheres não usava nenhum tipo de roupa íntima. Quando vestiam algo por baixo da roupa comum, eram peças largas. As roupas íntimas ajustadas ao corpo, como conhecemos hoje, são um invento bastante recente. No século 18, calcinhas eram consideradas vestes de prostitutas e atrizes (palavras que, na época, eram quase sinônimo). Já a cueca é um costume antigo: desde o século 6, influenciados pelos celtas, homens vestiam cueca de diversos tipos, justa, larga, curta ou comprida. No século 14, as favoritas eram compridas e usadas por cima da roupa comum, demarcando a genitália. Quando os espartilhos se popularizaram, a partir do século 18, eram tão apertados que faziam as mulheres desmaiar. Em, 1859 um jornal parisiense relata a morte de uma jovem, da qual todas as rivais admiravam a cintura fina e conta que, durante a necrópsia, se verificou que o fígado estava perfurado por três costelas. “Eis como se pode morrer aos 23 anos, não de tifo nem de parto, mas por causa de um espartilho”, concluía o artigo.
... Máquina de costura
A primeira máquina doméstica foi a de costura. A idéia de que um aparato mecânico podia realizar uma tarefa tão “manual” e enfadonha dava a ela um caráter quase milagroso. A primeira patente de uma máquina de costura foi concedida em 1790, ao americano Thomas Saint, mas historiadores acreditam que ela nunca tenha saído do papel. A mais famosa máquina de costura foi patenteada pelo alemão Isaac Singer, em 1857 (tanto que seu sobrenome virou sinônimo do instrumento por muitos anos). Alguns modelos, movidos por um motor a gás, eram barulhentos e até perigosos. Ainda assim, eram preferíveis ao trabalho de coser à mão. Isso tudo num tempo que comprar roupas prontas era coisa para os ricos.
... Talheres
Facas, garfos e colheres utilizam um mecanismo tão simples que parecem terem sido inventados em um passado remoto. E foram. Mas seu uso só popularizou-se da maneira como utilizamos hoje durante o século 18. Ou seja, até bem pouco tempo atrás, os participantes de qualquer refeição (desde os almoços triviais até grandes banquetes) usavam as mãos para pegar a comida do prato. A falta de talheres influenciava também o cardápio nas mesas nobres. “Durante os séculos 18 e 19, as pessoas comuns comiam espaguete com as mãos. Quando o garfo foi inventado, massa virou comida para a realeza também, porque agora eles podiam comer sem perder a dignidade”, diz a americana Linda Stradley, especialista em culinária. Talvez tenha sido por isso que os italianos se interessaram logo por talhares. Já no século 16, eles eram os únicos na Europa que comiam com garfos e facas individuais. Na Inglaterra e França, as mesas só tinham duas ou três facas. Todos serviam-se da mesma travessa, usando as mãos. As sopas eram colocadas em uma mesma tigela, de onde bebiam duas, três ou mais pessoas. Talheres eram tão raros que apareciam em testamentos e garfos chegavam a ser malvistos pela Igreja. “Deus em sua sabedoria deu ao homem garfos naturais – seus dedos. Assim, é um insulto a Ele substituí-los por garfos de metal”, diziam os padres no século 18, segundo James Cross Giblin em From Hand to Mouth (Da Mão à Boca, sem versão em português). Apesar de ter aparecido mais cedo, guardanapos também estiveram de fora das refeições por muitos séculos. Até o ano 1400, mais ou menos, homens e mulheres assoavam o nariz ou limpavam a boca nas próprias mãos. As mesmas mãos que serviam da travessa coletiva.
... Relógio
Desde tempos remotos, o homem mede o tempo pela observação da natureza e dos planetas. Mais tarde, surgiram os relógios de sol, de areia e de água. É claro que nenhum deles marcava o tempo com muita precisão, mas a rotina de nossos antepassados tampouco exigia esse tipo de rigor. O calendário agrícola, com o calendário religioso, regia a vida nas sociedades. Foi no século 13 que apareceram os primeiros relógios mecânicos. No século 16, Galileu criou o modelo de pêndulo. Só com a revolução industrial, no século 18, e com as jornadas de trabalho rígidas é que relógios individuais passaram a ser fabricados. Mesmo assim, o uso massivo só popularizou-se durante o século 20.

O jeito brasileiro

Cada povo ou país se virava como podia antes que os aparelhos modernos se espalhassem pelo mundo. Saiba como nós, brasileiros, vivíamos sem...
... Ferro elétrico
Se lavar roupas já dava trabalho, imagine deixá-las tão esticadas quanto mandava a moda do século 19. Antes da eletricidade, a maioria dos ferros tinha uma cavidade onde se colocavam brasas quentes. Outros, nem isso, e era preciso esquentá-los direto no fogo, repetindo a operação sempre que esfriava. Para deixar a roupa mais lisa, usava-se farinha de mandioca e água para fazer uma espécie de grude fino que ficou conhecido como goma (daí a expressão “engomar a roupa”). Depois de seca, a peça era mergulhada em uma bacia que continha água e um pouco da goma e colocada ao sol novamente. Algumas mulheres também espalhavam cera de vela para dar mais brilho aos vestidos.
... Geladeira
Quando o escritor brasileiro Mário Souto Maior chegou com um refrigerador a querosene em Bom Jardim, interior de Pernambuco, a cidade parou para ver. “Foi uma loucura. Todo mundo ia lá em casa só para olhar o aparelho”, afirma Carmem Souto Maior, viúva de Mário. Ela não se lembra bem da data, mas foi só a partir da década de 30 que as famílias brasileiras começaram a comprar geladeira importada dos Estados Unidos. A principal mudança na casa foi o tamanho da despensa. “Antes, ela era enorme. Havia várias mantas de carne-de-sol e cestas cheias de ovos. Muita coisa estragava e o estoque tinha de ser maior”, diz Carmem. A outra vantagem do refrigerador foi variar o cardápio. “Finalmente, dava para guardar a carne crua. Antes, o melhor jeito de conservar era assando. E eu não agüentava mais comer carne assada!”
... Telefone
Antes de os aparelhos de telefone se popularizarem, o que só ocorreu a partir da metade do século 20, transmitir recados era penoso e demorado. Quem podia, contratava um contínuo, uma espécie de office-boy do século passado. “Quando ficava trabalhando em casa, sem aparecer na repartição, o ministro queria o contínuo perto de si, pronto para receber, introduzir ou mandar embora os visitantes, ou levar à secretaria, rapidamente, qualquer ordem de sua excelência. Naquele tempo não havia telefone”, escreveu Arthur de Azevedo no conto As Barbas de Romualdo. O primeiro aparelho telefônico brasileiro foi instalado na residência de dom Pedro II, em 1877, apenas um ano depois de a invenção ser patenteada pelo escocês Alexander Graham Bell.
... Ventilador
O calor dos trópicos deve ter sido a maior motivação para a patente que Américo Cincinatto Lopes registrou no Rio de Janeiro, em 1883: um ventilador doméstico. De acordo com o livro A Vida Cotidiana no Brasil Nacional, editado pelo Centro de Memória da Eletricidade, da Eletrobrás, o registro de Lopes chegou seis anos antes do projeto de ventilador portátil que George Westinghouse desenvolveu nos Estados Unidos. Antes disso, o jeito mais comum de refrescar-se nas casas e ruas brasileiras era usando leques ou outros materiais para abanar. Ambientes muito grandes e fechados tornavam-se um problema para arquitetos. Quando construíram o Teatro da Paz, na capital do Pará, em 1868, os responsáveis tiveram de desenvolver um sistema de ventilação especial. Sem isso, seria impossível ver ou apresentar qualquer espetáculo no teatro cheio de gente em uma cidade tão quente quanto Belém. Assim, criou-se um ventilador manual que era movido sobre o forro. As saídas de ar foram localizadas embaixo das cadeiras. Também por causa do calor, os assentos não podiam ser de couro ou tecido e, por isso, foram feitos de palha.

Saiba mais

Livros
A Vida Cotidiana no Brasil Nacional, Org. Marilza Elizardo Brito, Centro de Memória da Eletricidade, 2001 - O livro mostra como a eletricidade mudou o Brasil a partir do século 19 e reúne 225 imagens da época, entre fotos e anúncios de jornal
From Hand to Mouth, James Cross Giblin, Harper Collins Publishers, 1987 - Giblin contextualiza a invenção dos talheres, mostrando como foram inseridos na rotina de diversas sociedades
História da Vida Privada no Brasil, Volume 1, Vários autores, Companhia das Letras, 1998 - A livro é uma obra prima para quem quer entender a vida cotidiana no Brasil colonial. Cada capítulo trata um tema diferente. O terceiro, “Família e vida doméstica”, explica como índios, escravos e nobres se viravam com as tarefas do dia-a-dia
Vita di Casa – Abitare, Mangiare, Vestire nell’ Europa Moderna, Raffaella Sarti, Laterza, 2002 - Detalhes de como era a vida cotidiana na Europa, com destaque para o dia-a-dia na Itália, país de origem da historiadora.
Site
www.inventor.about.com - Organizado pela documentarista americana Mary Bellis, traz a história de invenções como geladeira e aspirador de pó, além de novas descoberta.
FONTE:  http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/invencoes-como-faziamos-433682.shtml

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