sexta-feira, 31 de março de 2017

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30/03/2017 12h40 - Atualizado em 30/03/2017 20h28

‘Arrombamento da Prefeitura de Capela foi forjado’, diz delegado

Testemunha diz que recebeu proposta de Sukita para mentir.
Município decretou estado de emergência após suposto arrombamento.

Na manhã desta quinta-feira (30) uma coletiva de imprensa foi realizada pela Polícia Civil sobre as investigações referentes a uma denúncia de vandalismo na Prefeitura de Capela, feita pela atual prefeita Silvany Sukita (PTN) que afirmou ter encontrado o local revirado no dia 02 de janeiro, quando iria iniciar o seu mandado.
Segundo o delegado geral da Polícia Civil, Alessandro Vieira a perícia constatou que o local não foi arrombado. “Constamos que o arrombamento foi forjado e estamos na fase de identificação dos participantes dessa situação”, disse.

Ainda de acordo com o delegado uma testemunha assumiu que mentiu durante o seu depoimento.
"Temos um depoimento em vídeo de um homem que inicialmente disse ter visto o ex-prefeito chutando pastas de documentos do município, mas que depois confessou ter sido seduzido por uma proposta de trabalho ofertada por Manuel Messias Sukita, marido da prefeita e secretário de obras e de um funcionário da atual administração da prefeitura que é responsável pela vigilância da prefeitura para que mentisse”.

Alegando não ter condições para iniciar os trabalhos a então prefeita decretou situação emergência, o que permitiu segundo a polícia que contratos fossem realizado sem acompanhamento da Justiça.

A Polícia informou também que o inquérito ainda não foi concluído e que até o momento 12 testemunhas foram ouvidas.
Através de nota a prefeita de Capela reafirmou que recebeu a administração da prefeitura em estado caótico, com equipamentos deteriorados e ausência significativa de documentos e que a referida situação foi devidamente comunicada aos órgãos de controle – Tribunal de Contas, Ministério Público Estadual e Polícia Judiciária.
A prefeita destacou ainda que o Tribunal de Contas considerou gravíssimas as denúncias apresentadas pela prefeita, em nota emitida em 06 de janeiro de 2017. Segundo ela, na ocasião, o Tribunal notificou o ex-prefeito para devolver os documentos que estavam em sua posse, ato só ocorrido em 10 de janeiro de 2017, corroborando com os fatos denunciados.
Ainda através de nota ela informou que a administração municipal espera que a verdade dos fatos seja apurada com a mais absoluta imparcialidade e isenção. E que seguirá pleiteando das autoridades policiais que levem em consideração a documentação e as provas apresentadas, bem como a ouvida das demais testemunhas indicadas antes de emitir qualquer juízo de valor sobre o mérito da questão, já que o mesmo é função do Poder Judiciário.
A nota informou também que atendendo a uma solicitação dos servidores citados na coletiva de imprensa, a prefeita acatou o pedido de afastamento voluntário deles até o final das investigações.O ex-prefeito de Capela, Ezequiel Leite disse que entregou a prefeitura em perefeito estado e que vai avaliar qual medida judicial vai tomar.
Entenda o caso
 Os servidores da nova administração do município de Capela (SE) foram surpreendidos, na manhã do dia 02 de janeiro de 2017, quando chegaram ao prédio da prefeitura e encontraram o local totalmente revirado.
Segundo a prefeita Silvany Sukita, as salas do prefeito, da secretaria de obras e do arquivo estão lotadas de caixas jogadas pelo chão e muito papel espalhado. Além disso, fios elétricos foram cortados e computadores não foram encontrados.
Na ocasião, a prefeita denunciou o caso a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe e suspendeu o atendimento ao público durante os primeiros dias da nova administração.
Diante da denúncia realizada pela atual prefeita a assessoria de imprensa do ex-prefeito Ezequiel Leite informou que fez questão de reunir os funcionários e colaboradores da administração, e os recomendou deixar as instalações em perfeitas condições de funcionamento, para que os serviços sejam continuados.
De acordo com a assessoria, a transição foi feita e as chaves dos prédios, e de cada secretaria, ficaram com os devidos responsáveis, indicados pela futura administração.
O ex-prefeito afirmou ainda que repudia o ato de vandalismo. E afirmou que não foi ato de sua gestão, nem de seus colaboradores. E que julgava tais atitudes contrárias ao seu modelo de gestão.
FONTE:  http://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2017/03/arrombamento-da-prefeitura-de-capela-foi-forjado-diz-delegado.html


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