domingo, 12 de janeiro de 2014

ACONTECE EM QUALQUER CIDADE GRANDE!!!

É A CARA DO BRASIL!!! NAS FEIRAS DAS METROPÓLES AMAZÔNICAS TAMBÉM EXISTEM,ÓBVIO,COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS ROUBADOS,COMO NAS FEIRAS DAS OUTRAS CAPITAIS BRASILEIRAS.SÓ QUE QUEM COMETE ESTAS COMERCIALIZAÇÕES ILÍCITAS SÃO A MINORIA,COMO VOCÊ LERÁ ABAIXO.PORTANTO,DESGENERALIZE-SE:A MAIORIA NÃO ROUBA,ADQUIRE SUAS VENDAS COM DIGNIDADE!EIS OS FOCOS INFORMATIVOS:

Polícia ESTÁ DE OLHO NOS "ROBAUTOS"!

09/12/2012 - 00:00 - Noticias




Fiscalização tenta coibir repasse de produtos roubados nas feiras da RMB
Andréia do Espírito Santo
Da Redação
Joias, relógios, peças de carro, sons automotores, aparelhos celulares, bicicletas e eletroeletrônicos são alguns dos objetos comercializados em muitas feiras da Região Metropolitana de Belém (RMB). No entanto, muitos destes objetos, afirma a polícia, são provenientes da ação dos bandidos que atacam pessoas, arrombam veículos e invadem casas para furtar ou roubar. Apesar da forma como chegam às mãos dos compradores, os produtos fazem sucesso nas feiras, já que são mais baratos do que os encontrados nas lojas. A concorrência entre os preços, nestes casos, chega a ser desleal, uma vez que os objetos ofertados por estes vendedores são obtidos sem qualquer custo.
Quem trabalha nestes locais, entretanto, garante que somente 30% dos vendedores repassam produtos adquiridos a partir de ações criminosas. Eles também afirmam que os outros 70% vendem apenas produtos com origem "certificada", e que os preços competitivos vêm da forma como os produtos são adquiridos - algumas vezes por meio da troca com um cliente ou com a compra de objetos com algum tipo de defeito, que são consertados pelos próprios comerciantes. As feiras mais famosas estão nos bairros do Paar, Terra Firme e Barreiro, mas é possível encontrar pontos de venda como estes por outros bairros da região metropolitana. Justamente pelo comércio de produtos de origem duvidosa, esses locais ficaram conhecidos como "robautos" e se tornaram populares entre aqueles que não medem esforços para economizar. Mesmo quando incentivam, ainda que indiretamente, os crimes ou se arriscam a passar uma temporada na cadeia acusados de receptação.
O diretor da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), delegado Neyvaldo Silva, conta que a polícia vem realizando operações constantes nas feiras da Região Metropolitana de Belém para combater este tipo de crime, definido como receptação. A última operação da polícia neste sentido foi a Eirene, na semana passada, que tomou as ruas de 10 bairros da capital paraense.
Espaço no Barreiro é famoso pela prática
Um dos locais visitados na semana passada pela operação Eirene foi o bairro do Barreiro, onde funciona uma das mais conhecidas feiras da capital. "Essa feira é um ponto identificado, onde são vendidos os produtos do crime. Não só a do Barreiro, mas tem a da Terra Firme e a feira do canteiro central do Paar. São três pontos principais da região metropolitana", explica o diretor da Dioe Neyvaldo Silva.
O delegado afirma ainda que nestes locais é comum encontrar produtos sem qualquer documento que comprove a origem. Por isso, as feiras estão sempre na mira da polícia. Ainda segundo Neyvaldo Silva, a apreensão destes objetos de procedência duvidosa esbarra na necessidade de a Dioe comprovar que os mesmos foram obtidos de maneira ilícita. Sem a comprovação, torna-se muito mais difícil que as pessoas pegas com esses objetos sejam punidas. Ainda assim, a polícia faz o trabalho preventivo para tentar coibir o crime, apreendendo os produtos.
Economia pode custar temporada na cadeia
O diretor da Dioe explica que quem é flagrado com um produto sem nota fiscal pode ser indiciado e responder criminalmente por receptação. "Tudo vai depender da situação. Alguns produtos e locais (de venda) nós já sabemos que são fruto de roubos e furtos. Se chegar na feira do Barreiro e encontrar um aparelho de som e ele não tiver nota fiscal, o aparelho será apreendido e ele (dono) vai responder por receptação. Mas claro, temos que verificar a situação e fazemos isso sempre. Porque até os particulares não guardam a nota fiscal. Outro problema é que quem compra esses produtos também não exige a nota fiscal para comprovar a legalidade da venda", comenta.
Quem for pego com um produto sem documento de comprovação de origem pode ser enquadrado e responder criminalmente por um dos dois tipos de receptação: dolosa ou culposa. "São dois tipos de receptação. A dolosa é quando a pessoa sabe que está comprando um produto de crime e armazenando para revender. A culposa ocorre quando a pessoa é estimulada pelo preço barato e compra. A pena para (a receptação) dolosa é de 1 a 4 anos (de prisão) e multa. A culposa é a mais branda, de um mês a um ano ou multa", acrescenta.
Vítimas veem objetos sendo comercializados e fazem denúncias
O diretor da Dioe enumera os produtos mais vendidos nas feiras: aparelhos de som, celulares e bicicletas. Segundo ele, o preço abaixo do mercado é o que mais atrai a população para essa feira. "A característica principal é a desproporção do preço. A pessoa compra um iPhone por R$ 100,00, sendo que o preço é R$ 2 mil. Essa desproporção de preço recai sobre a pessoa pela receptação culposa. A pessoa que está oferecendo também não tem condição de usar um produto desse. Você sabe que ela, a pessoa, não tem condições de te vender um iPhone. Por isso são produtos de origem duvidosa", afirma Neyvaldo Silva.
As vendas desses produtos geram problemas para a polícia e para a sociedade, garante o delegado. Isto porque impulsionam os crimes mais comuns nos registros policiais: o furto e o roubo. "Quando era delegado na Terra Firme sempre chegava alguém denunciando que o celular estava sendo vendido na feira. Eles são roubados em outros bairros e vendidos na feira. Não é comum você, que mora no Marco, transitar na feira da Terra Firme, mas tem gente que circula no local. Eles contam que foram furtados e viram o produto que o ladrão furtou. Vamos lá, apreendemos o produto e fazemos o procedimento", comenta.
delegado afirma que Armamento é mantido fora do "catálogo"
O delegado Neyvaldo Silva explica que nas feiras do Barreiro, da Terra Firme e do Paar não são vendidas as armas roubadas pelos criminosos. As vendas desse tipo de objeto são feitas de maneira camuflada e a polícia trabalha para localizar quem vende as armas. "É uma situação que preocupa a polícia pela circulação das armas", observa.
Outro trabalho da polícia é nas sucatarias. "Sempre que vamos nesses locais pedimos que eles mostrem o documento de entrada e saída do produto, porque sabemos que algumas peças são provenientes de desmonte de carro", comenta.
Mas para o delegado, o problema maior é a ambição das pessoas em ter um produto, não importando a origem dele. "Muitas vezes a população é movida pela ambição de ter o produto, mesmo que o produto seja roubado. Isso estimula o crime".
"Tem bandido que vem vender aqui, infelizmente", diz trabalhador
Para quem trabalha vendendo aparelhos celulares, bicicletas, aparelhos de som e roupas nas feiras conhecidas como "robautos", o título pesa e acaba prejudicando a todos. O que é visto com tristeza por quem nunca se envolveu com o crime. "Aqui eu lembro que começou a ser conhecida por ‘robauto’ há sete anos. Conseguimos o produto por meio de troca. Ele está quebrado, aí falamos que vamos consertar e vender. É assim. Mas claro, se (a feira) tem esse nome, é porque tem bandido que vem vender aqui, infelizmente", comenta um vendedor da feira do Paar.
Ele trabalha há doze anos na feira e pediu para não ter o nome divulgado. Hoje ele trabalha com a venda de aparelhos celulares, mas conta que já chegou a vender outros produtos. "Eu sempre faço uma troca ou pego um celular que está quebrado. Eu conserto e vendo mais barato sim. Aqui 70% é trabalhador, não rouba, não têm passagem pela polícia, mas tem gente que é sim ladrão e se mistura. Quando a polícia vem aqui, acaba sobrando para todos e, muitas vezes, os bandidos fogem e os trabalhadores são presos", comenta.
Ele acrescenta que os consumidores também têm parcela de culpa por comprarem produtos sem nota fiscal. "Eu vendo um celular por R$ 100,00 e tem garantia. Mas se o ladrão vende por R$ 70,00, mas não tem nada que garanta a procedência do produto, a pessoa leva o que tem o preço mais barato", relata.






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